No período da Renascença e do Romantismo melancolia era considerada como uma doença bem-vinda, uma experiência que enriquecia a alma. Mas hoje sabemos que essa concepção é equivocada.
Sigmund Freud, em seus estudos sobre o superego, se deparou com algo conhecido na época como melancolia. Segundo Freud, a melancolia se assemelhava ao processo do luto, mas sem haver necessariamente uma perda (senão uma perda narcisista). Pessoas com sintomas de melancolia falam de si próprias como "inúteis", "incapazes de amar", "incapazes de fazer algo bem, ou de bom para os outros", como "irritantes", com "hábitos chatos", e outras características onde o eu interior é desvalorizado por afirmações muitas vezes falsas."
Talvez sejam perigosos os nossos maiores sonhos... ou desejos. Pode ser que eles te façam feliz por um momento e você perca a história que te faria feliz por uma vida. Ou ainda melhor, você pode perceber que esses pequenos momentos loucos é que constituiram a história ou te levaram ao caminho daquela primeira, sonhada.
Tenho tantos desejos guardados. Tantas loucuras esquecidas. E muitos, muitos medos. Das atitudes, das consequencias, do depois.
Quero vida. Quero farra. Quero amor.
Quero não me arrepender das escolhas, quero força pra me arrepender e mudá-las.
Queria tanto certezas. Certeza de estar curtindo cada momento. De estar dando valor a quem merece e não me esquecendo de ninguém, de nenhum detalhe. Certeza de uma família, um amor, um cachorro, um filho. Uma casa com piso de madeira, com móveis brancos e uma vida organizadamente bagunçada. E a única certeza que tenho, é que depende de mim. Só é preciso acreditar nas pessoas certas, buscar nos lugares certos e não desistir. Uma hora a certeza chega, mesmo que seja pra te mostrar que ela é passageira, como tudo.